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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

6º DOMINGO APÓS PENTECOSTES , 16.07.2017

Predigt zu Mateus 13:1-9;18-23, verfasst von Romeu Otto Hoepfner

Cara Comunidade!

Neste mês de julho comemoramos o DIA DO COLONO. Geralmente há várias programações e festividades que nos remetem à vinda dos imigrantes; estes geralmente provenientes de algum estado territorial da Alemanha.

Concomitantemente lembramos a história da IECLB, seus primórdios, sua história, seu jeito de celebrar e a forma como se torna igreja autóctone em solo brasileiro. Basta lembrarmos o logotipo da IECLB. Agremiação Cristã que se apresenta como Igreja de Jesus Cristo no Brasil e quer levar a mensagem do Evangelho para dentro da realidade brasileira.

Assim, as comunidades lembram o ano de 1824 quando imigrantes evangélicos, provenientes da Alemanha, chegam em solo brasileiro, seja em Nova Friburgo – RJ ou em São Leopoldo RS em busca de uma nova existência e um futuro próspero para seus filhos e filhas, seus descendentes.

Sob duras penas e diante de tantas adversidades cultivam as terras para a sua sobrevivência. Estes desbravadores, homens e mulheres, trazem muito pouco de sua antiga pátria, o velho mundo, apenas são portadores e portadoras de muita esperança, muita garra, muita vontade de ver no raiar de um novo dia e muita fé e certeza da presença do trino Deus em suas vidas.

E então eles e elas serão a futura IECLB que, na construção das primeiras comunidades com seus humildes templos, caminham para uma Igreja brasileira que hoje, fazendo parte da Federação Luterana Mundial, celebra nesta grande corrente de solidariedade o jubileu dos 500 anos da Reforma Luterana.

Que história significativa! Quanta semente lançada em solo fértil!

Parabéns, Doutor Colono, plena tua bravura, coragem e testemunho de fé!

Que bom que crês no Deus cuja semente da Palavra encontra solo fértil para que ela possa germinar, crescer e trazer os bons frutos que oferecem o sabor da vida plena e realizada!

 

 

Cara Comunidade!

A parábola do semeador, texto de prédica para este domingo, certamente fala de uma sementeira que nem sempre encontra solo fértil para o plantio e o desenvolvimento saudável da semente.

Mas, importante saber – e isto aprendemos com os nossos antepassados – que a semente deve ser colocada no solo, mesmo que este não seja sempre propício para um crescimento adequado.

Lutero, o Reformador, plantou a boa semente, a aproximadamente, 500 anos. Lançou a semente com teses afixadas em porta de igreja, lugar público donde as pessoas no dia a dia levavam seu incentivo de vida.

Certamente as 95 teses nem sempre encontraram pessoas dispostas a semeá-las, mas através da semeadura, por séculos a fio, foi possível ver a semente crescer através do testemunho que os “pilares” da Reforma Luterana oferecem ao mundo, marcado pela discórdia, egoísmo e falsas ilusões, o cerne do Evangelho de Jesus Cristo: Somente a fé em Jesus, o Cristo da Escritura, oferece pela fé a sua graça redentora para todas as pessoas de nosso planeta.

Assim constatamos que a semente semeada encontra, sim, o solo duro e compactado. A semente cai à beira deste caminho e não pode germinar.

A semente, sim, encontra o solo rochoso, com os corações humanos duros como a pedra e ela não poderá se desenvolver. É rocha aparentemente morta, coração de pedra, como costumamos dizer.

Os espinhos, claro, também aparecem ao lado do plantio que aparentemente deu certo e teria tudo para uma colheita promissora. Mas os espinhos sufocam e impedem que a boa semente (da fé, da esperança e do amor) germine e traga seus resultados para a colheita plena e realizada.

Mas, também podemos ouvir falar através da parábola de Jesus do plantio que deu certo. Houve colheita e o agricultor volta alegre, feliz e realizado trazendo os seus feixes.

Que belo texto, com possibilidade de detalharmos a sementeira da Palavra neste mundo, século XXI, época dos progressos e das incertezas e dúvidas quanto ao futuro da humanidade.

 

Estimada Comunidade!

Neste segundo momento desta prédica desejo compartilhar com vocês, irmãs e irmãos em Cristo, três momentos que servem de incentivo para dar a continuidade necessária na reflexão, que se estende além do tempo regulamentar de uma prédica no culto do final de semana:

Primeiro: Peço que Deus, através de seu Santo Espírito, não desista de semear sua Palavra neste mundo cruel e sofrido, mas por Ele criado.

Cremos no Deus que, além de criador é o mantenedor da vida, vida plena para todos os seres, vida agradável e perfumada que chega a romper os grilhões da morte.

Deus continua a oferecer esta semente da vida; já em nosso batismo deu o grande sinal de sua vontade para que tenhamos vida e a tenhamos em abundância.

Na semeadura da Palavra certamente encontraremos todo tipo de solo: a dureza, os espinhos sufocantes, mas também a semente da esperança que certamente germinará garantindo a sustentabilidade da vida nesta nossa única moradia, este belíssimo planeta terra.

Segundo: Somos a enxada nas mãos de Deus; instrumento que prepara o solo para a boa sementeira.

Assim somos gratos pelas sementes que já brotaram e deram os bons frutos. Atentemos para estes frutos, também quando celebramos o jubileu da reforma.

Os frutos terão muitos nomes tais como o reavivamento do ecumenismo seja no Brasil através de ações conjuntas do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs , o CONIC; seja através da diaconia com seus sinais de amor concretizado, experimentado e vivido no poço da miséria humana; seja através de ações concretas em prol do homem e da mulher do campo e da roça na luta pela justiça social; seja por dias de esperança para os milhões de desempregados deste país de “berço esplêndido”, seja no combate à corrupção e aos roubos descarados que promovem a miséria e a desigualdade social.

Sim, está aí nossa tarefa de semear por meio da Palavra pregada, anunciada, vivida e cantata quando Deus convida para um MOMENTO NOVO!

Terceiro momento: Não esqueçamos que o solo é diversificado. E é em meio a este solo diversificado que lançamos a semente. Realizamos nosso planejamento, chamado estratégico, em meio aos múltiplos desafios que o plantio exige.

São os desafios que o momento exige no contexto do solo com cara de consumismo desenfreado, da dívida do cartão; com cara de droga que entorpece, proporciona prazer momentâneo e faz perder o sentido de vida, com cara de movimento religioso que oferece cura fácil por meio de salvação paga.

Este é o solo, diversificado, mas marcado por muito desafio, pois aí é que somos chamados a semear como IECLB, como cristãos e cristãs conscientes que se deixam converter por Jesus Cristo todos os dias.

 

Prezada Comunidade!

Para finalizar temos o voto, dirigido a você ouvinte, ou voto fraterno entre nós mesmos, ou seja, que saibamos discernir o tipo de solo em que estamos semeando.

Voto para que encontremos muitos corações “de carne”; coração que reconhece e aceita a semente da fé, da esperança e do amor.

Ótima semeadura!

 

AMÉM.



Pastor Romeu Otto Hoepfner
Curitiba – Paraná (Brasil)
E-Mail: romeuottohoepfner@gmail.com

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