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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

3º Domingo na Quaresma , 04.03.2018

Predigt zu Êxodo 20:1-17, verfasst von Valdemar Lückemeyer

Prezadas irmãs, prezados irmãos!

 

Muitos de vocês certamente já cansaram de assistir aos noticiários transmitidos pela nossa televisão. Ao menos isto é que ouço de várias pessoas: chega de ouvir os dramas de todos os dias: corrupção, mortes no trânsito, assaltos a agências bancárias, apreensão de centenas de quilos de maconha e outras drogas, venda de remédios falsificados ou vencidos, superfaturamento de obras públicas e assim por diante.  Não precisamos recordar aqui e agora as principais manchetes do noticiário diário. É muito deprimente, chega até a ser revoltante.  Mas me pergunto: ainda conseguimos nos indignar com estas informações cotidianas? Ainda nos questionamos, se a vida aqui entre nós é assim mesmo e que não tem jeito? Tenho certeza de que a maioria de nós, se não todos, estão insatisfeitos e cansados com esta realidade! Sim, é possível viver e conviver de forma diferente, com outros valores.

E quem nos diz isto é o nosso texto bíblico, que acabamos de ouvir – o conhecido texto dos 10 Mandamentos, ou também chamado de “Decálogo” = as 10 leis! Não quero enfocar um mandamento após o outro nesta mensagem, mas quero tomar o texto como um bloco todo, como uma unidade que aponta para uma verdade: Deus se preocupa tanto com o seu povo, quer o bem de todos e garantir vida tranqüila e em paz para todos tanto que apresenta um conjunto de leis que devem orientar a vida e o convívio entre o seu povo. E como é este projeto de vida para todos de Deus?

Vamos por partes: outrora Deus fez uma aliança com o seu povo, o povo de Israel. Em resumo esta aliança consistia no seguinte: Ele, Deus, adotaria este povo como seu povo, cuidaria dele sempre e ele, Deus, seria o seu único Deus. O texto bíblico que nos relata os 10 Mandamentos inicia relatando o que Deus fez para o bem deste seu povo, que vivia na escravidão, era explorado, maltratado e vivia sem esperança. Ele não apenas libertou este povo da escravidão, como também o  conduziu para uma nova vida, para uma nova situação.

“Meu povo, eu, o Senhor, sou o seu Deus. Eu o tirei do Egito, a terra onde você era escravo” nos diz o 1º versículo. Este é o dado inicial e fundamental para tudo o que está pela frente. Deus se apresenta, se  identifica como um Deus libertador, que tira da opressão e dá as bases para um nova vida. Esta base, estimada comunidade, leio nos 10 Mandamentos. Ouvimos a leitura deles há pouco, aliás, não na ordem e na seqüência que nós aprendemos no Ensino Confirmatório, quando estudamos – ou até  decoramos todos os 10 Mandamentos incluindo a respectiva explicação de Martim Lutero, que iniciava com “o que significa isto?”.  Permitam-me uma pergunta: de quantos mandamentos você ainda lembra? Quantos você poderia recitar? Sim, sim – o Ensino Confirmatório já faz tanto tempo!!!

Portanto, este Deus libertador também se apresenta como um Deus que ama a vida de todos os seus filhos e filhas e quer vida para todos. Ele quer que o seu povo confie apenas nele. E para que a vida seja valorizada e respeitada por todos e para todos, seguem várias orientações: respeitar os pais e os superiores, não causar mal ao próximo de jeito nenhum – matar alguém, nem falar!!; não arruinar ou destruir a vida do próximo faltando com a verdade para com ele ou contra ele,  não cobiçar o que é do outro, tanto faz se forem bens materiais ou o cônjuge do outro!  Este é o projeto de Deus para o convívio social do seu povo. Seguindo este caminho traçado por Deus, o povo encontrará a vida e certamente evitará morte, pois ali “a justiça e a paz vão se abraçar” (Salmo  85,10). Por isso, os 10 Mandamentos não podem ser entendidos apenas de forma individual e pessoal, pois eles apontam para uma vida em conjunto, para a vida em sociedade.

O tema da nossa Igreja para este ano é “Eu sou o Senhor, teu Deus” – palavras do Decálogo, ou seja, palavras do nosso texto bíblico de hoje, no caso Êxodo 20.2a. E a direção nacional da nossa Igreja  definiu como lema  as e palavras-chave: Igreja – Economia – Política”. Cremos em Deus, o Deus que cria, que cuida, e que também encarrega os seus de cuidar. Estamos cuidando? Estamos valorizando a vida e nos empenhando para que todos possam usufruí-la plenamente, sem exploração, sem marginalização, sem discriminação, sem opressão?

Vida nova, sob nenhum tirano – eis o que Deus quer. Isto Jesus ensinou, pregou e viveu de forma bem clara. O Evangelho deste domingo, o 3º. Domingo na Quaresma, nos mostra Jesus se opondo aos exploradores, inclusive aos da Igreja, no templo.

Que este tempo extraordinário que Deus nos dá pela Quaresma, seja um tempo de muita reflexão e meditação sobre tudo o que Deus fez e continua fazendo em favor de nós, seu povo da nova aliança, e que nós lhe retribuamos em  fidelidade e amor a Ele, pois isto reverterá em amor ao nosso próximo.  

 

Oração:

Obrigado, Senhor, por   tu quereres vida  plena e responsável para a tuia criação e, especialmente, para a humanidade. A nós deste a tarefa de administrar tua criação, a nós deste, como um corrimão, os mandamentos como guia e norte. Escreve-os em nossas mentes e corações para que não percamos o rumo de nossas vidas. Por Cristo, Senhor e Salvador nosso. Amém.



P.em. Valdemar Lückemeyer
Carazinho, Rio Grande do Sul, Brasil
E-Mail: luckemeyer@annex.com.br

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