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ISSN 2195-3171

Domingo de Páscoa , 01.04.2018

Predigt zu Marcos 16:1-8, verfasst von Breno Carlos Willrich

Páscoa nos convida a encararmos a vida com nova perspectiva. Esta foi a experiência feita pelas três mulheres que, naquela madrugada de domingo, foram ao cemitério na intenção de embalsamar o corpo de Jesus.

Elas foram ao cemitério com um pensamento em suas mentes, um sentimento em seus corações e uma compreensão que definia suas atitudes. Saíram daquele cemitério com uma nova perspectiva de vida.

1. Um pensamento – o que está se passando em nossa cabeça?  
2. Quando as mulheres chegaram ao túmulo a pedra já estava removida! Páscoa: Deus troca nossa desesperança e nossas preocupações por uma nova confiança. Páscoa nos anuncia que os impossíveis para as pessoas são possíveis para Deus. A pedra foi removida. A morte foi vencida. A festa da ressurreição e o encontro com o ressurreto colocam novas certezas em nossa mente e nos abrem horizontes renovados que nos ajudam a continuar caminhando.
3. Pedras pesadas demais! Nós também temos pedras em nosso caminho. Pedras que são empecilho para a vida e causam preocupação. Algumas são pequenas, que podemos retirar, outras grandes demais, diante das quais nos sentimos impotentes. Elas querem impedir vida e dignidade. Na esfera social nos deparamos com as pessoas refugiadas que procuram espaço de vida e se tornam vítimas de preconceito e discriminação; no Brasil ouvimos todos os dias a respeito de corrupção que rouba os recursos que deveriam ser investidos na educação, saúde, infraestrutura, segurança e bem estar da população. Vemos um judiciário injusto e parcial. A violência gera medo e muita gente não acredita mais em soluções pacíficas. O ódio cresce e a polarização de pensamentos e posturas divide a sociedade e a Igreja. Na Igreja as estatísticas apontam para a diminuição no número de membros e mostram falhas em nossa missão. Nas esferas familiar e particular as dificuldades no relacionamento, o desemprego, a crise financeira, a doença e a falta de perspectiva ocupam nossa mente. E, no fim, quando nosso tempo estiver cumprido, enfrentaremos a maior de todas as pedras: a morte. “Quem retirará a pedra?”, “Como continuar a caminhada?”, “Como vencer tamanhos desafios que a vida nos impõe?”, são pensamentos que ocupam nossa mente, nos angustiam e muitas vezes nos paralisam.
4. As mulheres iam discutindo pelo caminho a respeito da pedra que fechava o túmulo de Jesus. “Quem nos removerá a pedra?”, pensavam elas. Para aquelas três mulheres era uma tarefa impossível! Aquela pedra que trancava a vida naquela fria sepultura era pesada demais.
5. Um sentimento – O que está se passando em nosso coração?   
6. Também experimentamos tristeza, desilusão e luto em tantas situações da vida. Nossos sonhos se desfazem, nossas lutas não alcançam vitória, perdemos forças, bens e pessoas amadas. Experimentamos dor e luto. Convivemos com pessoas que se sentem desanimadas na caminhada. Mas Páscoa não é apenas uma história passada a respeito da ressurreição que contamos. Pascoa é ressurreição hoje. A vida que supera a morte renova alegria agora. Jesus venceu a cruz e vive! Esta boa nova proporciona uma nova perspectiva de alegria.
7. Mas a grata surpresa acontece: Ele Vive! Sinal de esperança em meio à tristeza, sinal de vida em meio às cruzes. Aquele que se sentira abandonado por Deus na frieza da cruz, experimenta a fidelidade do Pai e a anuncia que a morte e a tristeza não são o última capítulo da história da humanidade.
8. Tristeza define o que se passava no coração daquelas mulheres. Jesus havia ensinado tantas coisas. Tinha amado de forma especial. Perdoou e aceitou os desprezados. O Jesus que curou a muitos, que dividiu o pão, que ressuscitou a Lázaro, que falou e viveu o mais verdadeiro amor, que transformou a vida daquelas mulheres... estava morto! A cruz é o que restava e apertava o coração. A morte apagou os sonhos. Tudo voltara a ser como era antes de Jesus, e a alegria se foi.
9. Uma compreensão de nossa caminhada – o que fazemos de nossa vida? As mulheres caminhavam em direção ao cemitério na perspectiva de servir ao seu “Senhor Morto”. Era a única coisa que ainda poderiam fazer, pensavam elas. Mas, a partir da páscoa, receberam uma tarefa maior. “Vão e contem, espalhem a notícia e o perfume da ressurreição”.

Nossa fé precisa ser maior do que conhecer a história de Jesus e vir a igreja como quem cumpre um rito. Ser cristão não significa servir a um Senhor morto, mas vivo. A páscoa convida cristãos à linda tarefa de proclamar ao mundo que Cristo vive e, porque Ele vive, uma nova perspectiva é possível.

Aquilo que se passa em nossa cabeça e em nosso coração, e aquilo que orienta nossas ações seja transformado pela maior de todas as notícias. ELE RESSUSCITOU. SIM, ELE REALMENTE RESSUSCITOU.

Amém.