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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

Primeiro Domingo após Epifania , 13.01.2019

Predigt zu Lucas 3:15-17,21-22, verfasst von Luis Henrique Sievers

Estimada comunidade, irmãos e irmãs em Cristo,

Estamos no 1º domingo após Epifania. Essa palavra, de origem grega, significa “manifestação”, “aparição”, de Jesus Cristo. É um processo revelador de quem é Jesus. Os evangelhos registram que essa manifestação se deu de várias formas e maneiras diferentes. No domingo passado vimos como isso aconteceu com os três reis magos. Hoje, vamos ver como Jesus se manifestou a João Batista e seus seguidores, conforme Lucas 3.15-17,21-22: (leitura!)

Havia um clima de esperança entre o povo por ocasião do batismo de Jesus. A mensagem de João Batista dava motivos para isso. Às margens do rio Jordão, ele chamava as pessoas para o arrependimento e uma mudança de rumo na vida. João dizia: “Arrependam-se dos seus pecados e sejam batizados, que Deus perdoará vocês.” (Lucas 3.3). Ele entendia que o arrependimento deveria vir acompanhado de novos frutos. De acordo com os versículos 10 a 14, que antecedem o texto da prédica de hoje, João recomendava aos seus ouvintes: Sejam solidários com as outras pessoas. Aprendam a repartir com quem não tem. Atenham-se às leis, cada um no ofício que exerce. Não tirem dinheiro de ninguém pela força ou uso da mentira. Contentem-se, sejam agradecidos, também pelo pouco. Novos valores deveriam orientar o comportamento das pessoas arrependidas dos seus pecados. Então se poderia esperar uma mudança real. O clima de esperança era tanto, que o povo chegou a pensar que João Batista poderia ser o Messias tão esperado.

Nesse clímax de entusiasmo e esperança, João começa uma conversa com o povo ao seu redor. Explica que ele pode batizar com água aquelas pessoas que se arrependem, como sinal do perdão de Deus. No entanto, para dar os sinais de arrependimento, ele admite que é preciso algo mais, que não está em seu poder. Humildemente, ele aponta para alguém que vem depois dele, “mais importante” do que ele. Esse alguém “batizará com o Espírito Santo e com fogo”, diz João Batista.

O ser humano novo precisa de um Espírito novo, Santo, soprado novamente por Deus sobre a sua criatura, como ele fez no princípio da criação. Esse ser humano de “natureza espiritual”, que nasce do arrependimento e do perdão não é obra nossa. É fruto do agir de Deus: “O vento sopra onde quer, e ouve-se o barulho que ele faz, mas não se sabe de onde ele vem, nem para onde vai. A mesma coisa acontece com todos que nascem do Espírito”, escreve o evangelista João (3.8) O texto de Atos 8.14-17, dá testemunho de que o Espírito de Deus não está sob o nosso controle e dinheiro nenhum pode comprar. A oração e a imposição de mãos, no entanto, aproximam o Espirito Santo de nós.

E foi assim a “aparição”, a “manifestação de Jesus” (Epifania!), conforme Lucas: Aquele “alguém mais importante” veio misturado entre o povo. E também foi batizado por João Batista, testemunhando que o batismo com Espírito Santo não está separado, desvinculado, do batismo com água: “Ninguém pode entrar no reino de Deus se não nascer da água e do Espírito.” (João 3.5) Depois de batizado com água, “quando Jesus estava orando, o céu se abriu e o Espírito Santo desceu na forma de uma pomba sobre ele”, narram os versículos 21 e 22 do nosso texto.

O apóstolo Paulo, quando escreve para Tito, seu “filho na fé”, faz questão de ressaltar que Deus é generoso para com todos que, em oração, o procuram. Ele escreve: “Porém, quando Deus o nosso Salvador, mostrou a sua bondade e o seu amor por todos, ele nos salvou porque teve compaixão de nós... Ele nos salvou por meio do Espírito Santo, que nos lavou, fazendo com que nascêssemos de novo e dando-nos uma nova vida.” (Tito 3.4 e 5)

Quando Lutero explica o Batismo Cristão, no Catecismo Menor, diz que a água não pode fazer coisas tão grandes. Mas, quando unida à fé e à palavra de Deus, “ela é batismo, isto é, água de vida, cheia de graça, um banho de novo nascimento no Espírito Santo.” A água faz com que o batizado já veja o céu aberto. E o Espírito Santo, por sua vez, dá forças para caminhar na direção da voz que diz: “Tu és o meu Filho querido e me dás muita alegria.”

Estimados irmãos e irmãs em Cristo, nós fomos batizados e chamados para andarmos em “novidade de vida”. As palavras de Isaías 43.1 continuam soando sobre nós: “Não tenha medo, pois eu o salvei, eu o chamei pelo seu nome, e você é meu.” Também nossas orações podem “abrir o céu”. Sobre nós Deus faz pousar a pomba do seu Santo Espírito, para que possamos dar bons frutos de arrependimento e promover a alegria ali onde vivemos. Ao querer da fé Deus adiciona o poder de realizar.

E a paz de Deus, que ninguém consegue entender, guarde o coração e a mente de vocês, unidos com Cristo Jesus. Amém.



Pastor Luis Henrique Sievers
Lajeado, Rio Grande do Sul, Brasil
E-Mail: luishenrique.sievers@yahoo.com

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