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ISSN 2195-3171





Göttinger Predigten im Internet hg. von U. Nembach

4º Domingo na Quaresma, 18.03.2007

Predigt zu Lukas 15:11-32, verfasst von Lindolfo Pieper

O PAI QUE ESPERA

Lucas 15.20: "Então o filho saiu dali e foi para a casa do Pai. Quando o rapaz ainda estava longe, o pai o avistou. E, com muita pena do filho, correu e o abraçou e o beijou".

Certa vez, viajando de trem, um pastor notou que uma moça estava muito agitada, caminhando de um lado para o outro. O pastor se interessou pelo problema dela e lhe perguntou o que a estava incomodando. Ela respondeu dizendo que havia saído de casa, mas se arrependera. Por isso tinha mandado uma carta aos seus pais, perguntando se a receberiam de volta. Em caso afirmativo, eles deveriam colocar um lenço branco nos galhos da macieira em frente a casa. Se não o fizessem era sinal de que não a queriam de volta. Ela disse então que o seu medo era, ao chegar em casa, não houvesse nenhum lenço na árvore, pois não acreditava que os seus pais a pudessem perdoar depois de tudo o que ela tinha feito.

O pastor então passou a tranqüilizá-la, dizendo que devia confiar na bondade de seu pai. Mas ela continuou agitada. Ao aproximar-se da casa, porém, ela viu não apenas um lenço branco, mas viu a macieira coberta de lenços brancos. A sua mãe e o seu pai estavam ansiosos esperando a sua volta.

A preocupação dessa moça também deve de ter sido a preocupação do filho pródigo, na história que Jesus contou. Com certeza, ao voltar para casa, esse rapaz pensava em tudo o que tinha feito e imaginava que o seu pai não o aceitaria de volta.

Mas, o que levou o filho pródigo sair de casa?

O filho pródigo saiu de casa porque queria liberdade. Ele queria viver livremente, sem nenhum compromisso ou responsabilidade.

A decisão do filho, com certeza, magoou o coração do pai. Ele, que sempre tratou bem os filhos, nunca imaginava que o filho pudesse fazer uma coisa dessa. Mas, como ele era um pai compreensível, deixou que ele partisse, indo para uma terra distante.

Enquanto o filho tinha dinheiro, vivia cercado de amigos. Parecia que tudo girava em torno dele. Porém, um dia o dinheiro acabou. Também acabaram os seus amigos. À medida que o seu dinheiro ia acabando, os amigos, um por um, o iam abandonando. Até que ele ficou sozinho.

Uma vez sozinho e sem dinheiro, ele procurou se virar. Começou a procurar serviço. Mas, como nunca tinha trabalhado, não sabia fazer nada. O único jeito foi procurar serviço com um criador de porcos, que o mandou cuidar dos porcos presos no manguezal.

Assim o filho pródigo, acostumado a viver no luxo e conforto, foi parar no chiqueiro de porco e se alimentar de lavagem.

Quando estava no chiqueiro de porco, o filho pródigo se lembrou da sua casa, do seu pai, de como ele tratava bem às pessoas.

Decidiu então voltar para casa. Não se importava se o seu pai não o reconhecesse como filho. Se contentava em ser tratado como um simples empregado.

Mas, qual não foi a sua surpresa, ao chegar perto de casa, ver o seu pai correndo ao seu encontro, cobri-lo de beijos e abraços, e depois preparar uma grande festa para ele.

Nessa história, que Jesus contou, podemos aprender três coisas.

Em primeiro lugar: muitas pessoas não valorizam o que têm, trocam a sua felicidade por uns breves momentos de prazer aqui na terra.

Fazem como Esaú, que trocou a sua primogenitura por um prato de comida. Como Judas, que vendeu Jesus por trinta moedas de prata. Como Demas, que trocou a salvação de sua alma pelos prazeres do mundo.

Essas pessoas não olham pra frente, para o futuro. Pensam apenas no presente, no aqui e agora. E, como o filho pródigo, acabam se dando mal.

Em segundo lugar: quem quiser viver livremente, sem compromisso ou responsabilidade, terá que pagar o preço.

O filho pródigo acabou parando num chiqueiro de porco. Esaú foi rejeitado por Deus. Judas se enforcou. E Demas foi parar no inferno.

Muitos jovens trocam a igreja pelos salões de baile, pelas drogas e pelo adultério. E acabam pagando o preço. Alguns estão com a vida arruinada, não conseguem largar a bebida e a droga. Outros estão com Aids. E ainda outros estão na cama, paralíticos, por quererem fazer do carro uma brincadeira.

Estão numa situação pior do que o filho pródigo, pois enquanto o filho pródigo pôde voltar para casa, eles não tem para onde ir. O destino deles é a Febem, a cadeia ou a bala dum policial.

Este é o preço para quem quiser viver livremente: a perda da liberdade, a morte física e a condenação eterna.

Em terceiro lugar: a história do filho pródigo nos mostra como é grande o amor de Deus, que é capaz de aceitar de volta o mais vil pecador.

O pai, nessa história, representa a Deus, que está a todo tempo de braços abertos para receber de volta o pecador.

O filho fez uma coisa muito feia. Ele foi ingrato para com o pai. Não merecia ser aceito de volta. O pai, no entanto, não apenas o aceita de volta, mais ainda faz uma grande festa para ele.

Na época, sair de casa sem motivo, como o fez o filho pródigo, era como se a pessoa morresse para a família. A sociedade costumava apedrejar tal pessoa, caso tentasse voltar. Essa foi uma das razões do pai correr ao encontro do filho: para protegê-lo, antes que fosse apedrejado.

Deus não apenas nos ama, mas também nos guarda e protege. Ele coloca a sua mão sobre os nossos ombros e nos guia aqui neste mundo, na nossa jornada terrena.

Ele está sempre perto de nós, junto de nós, ao nosso lado. Como o pastor de ovelhas, que não tira os olhos das ovelhas em momento algum, Deus está sempre nos olhando. Ao menor sinal de perigo, ele está lá para nos livrar. É por isso que o salmista Davi exclama, dizendo no Salmo 139: "Senhor, tu me sonda e me conheces. Tu me vês quando estou descansando, tu sabes tudo o que eu faço. Estás em volta de mim, por todos os lados e me proteges com o teu poder. Se eu subir ao céu, lá estás. Se eu descer ao mais profundo abismo, lá está também. Se eu for para o Oriente ou viver nos lugares mais distantes do Ocidente, ainda lá a tua mão me guia, ainda ali tu me ajudarás".

Você, meu amigo e minha amiga, não está sozinho. Deus está com você. Não importa o que você fez, como você viveu e que pecado você cometeu. Se você está arrependido, se corrigiu e voltou para Deus, Deus está com você.

Ele está com você para o guardar, guiar e amparar. E, um dia, quando você tiver que deixar este mundo, ele irá levá-lo para junto de si, na mansão celestial.

Que Deus o abençoe no seu grande amor. Em nome de Jesus. Amém.



Lindolfo Pieper
Jaru, RO ? Brasil
Igreja Evangélica Luterana do Brasil
www.ielb.org.br
E-Mail: piperlin@uol.com.br

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