PRÉDICA PARA …

PRÉDICA PARA …

PRÉDICA PARA O DOMINGO CRISTO REI  – 22.11.2020  | Texto bíblico:  Efésios 1.15-23 | Ester Delene Wilke | 

Saudação:A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2 Coríntios 13:14). Amém!

Gratidão! Intercessão! Confissão de fé! Tudo isso encontramos nestes versículos da carta aos Efésios. Lemos e ouvimos as palavras bíblicas na ótica do findar do ano eclesiástico. Encerramos mais uma vez um ciclo da caminhada de fé e de vida. Nossas liturgias querem nos ajudar na percepção do tempo e vão numerando e nominando os domingos e os dias especiais do calendário da igreja. O Domingo da Eternidade, lembra que existe a finitude da vida, e que Cristo é Senhor também sobre a morte. Denominado também de Domingo Cristo Rei, nos convida para celebrar o reinado de Cristo no mundo e sobre o mundo. Em poucos dias celebraremos o Advento, a espera pela chegada de Salvador. E assim as palavras bíblicas vão nos ajudando a viver, a interpretar e dar significado a nossa existência. Trazem luz para a nossa caminhada e nos situam na história do povo de Deus.

As palavras iniciais do trecho da carta mostram gratidão. Um contentamento por causa da fé em Jesus e que resulta naturalmente em amor. Diz: “desde que ouvi falar da fé que vocês têm no Senhor Jesus e do amor que vocês têm por todos os irmãos na fé, não paro de agradecer a Deus por causa de vocês” (v.15s). Poderemos olhar para a nossa caminhada, para o que foi vivido e perceber que fé e amor foram experimentados nos tempos de incertezas que vivemos. A gratidão é uma resposta de fé. Traz um novo alento. Dá força e coragem para seguir em frente. É como um raio de luz no meio da escura desolação e desesperança. A mensagem da carta é alentadora. Palavras têm força de encorajamento.

Eu sempre lembro de vocês nas minhas orações” (v. 16b). Lembro-me que há anos ouvia de um pastor emérito exatamente isso: “Eu oro por você!” Então,  saber-se lembrada e carregada nas orações de irmãos e irmãs nos lembra que não precisamos persistir e lutar contando com as próprias forças. Fazemos parte de uma comunhão maior. Não estamos sós. Confessamos no 3º artigo do Credo Apostólico: “Creio no Espírito Santo, na santa igreja cristã, a comunhão dos santos”. E faz todo sentido refletir nesta perspectiva esta palavra bíblica. Como conseguimos suportar as pressões, medos, ansiedades e dados estatísticos na pandemia? Como ver tanta insegurança e dor das pessoas e seguir em frente? É a comunhão dos santos e santas que nos sustenta, que pede em nosso favor. Intercede para que nos seja dado o espírito da sabedoria e que recebamos o conhecimento do agir de Deus. Isso é amor que resulta da fé.

As palavras que outrora foram endereçadas às pessoas de Éfeso, destinam-se a nós. Lembram-nos, ao findar do ano eclesiástico, que nossa fé seja firmada em Cristo. Diz: “Peço que Deus abra a mente de vocês para que vejam a luz dele e conheçam a esperança para a qual ele os chamou. E também para que saibam como são maravilhosas as bênçãos que ele prometeu ao seu povo” (v 18). Mesmo que haja muito sofrimento e desesperança, lembremos que nossa fé se move na esperança. Maravilhosas bênçãos são experimentadas onde há esperança.

É confissão de fé afirmar a esperança nos dias em que vivemos marcados por tanta maldade, corrupção e violência. A esperança que resulta do poder de Cristo. Poder que não tem um fim por si mesmo, mas é poder que se move e que se doa, “que age em nós, os que cremos nele.(v.19).

O mal e a morte não têm a última palavra. O poder de Deus está “acima” de todos os demais poderes.  Jesus foi colocado por Deus como o detentor e regente desse poder.  Não é para dominar pois é “poder que age em nós é a mesma força poderosa que ele usou quando ressuscitou Cristo e fez com que ele se sentasse ao seu lado direito no mundo celestial” (v.19s). Nós experimentamos nesta vida o poder e a força de Deus, ou seja, poder de ressurreição. É a força transformadora de Deus que se manifesta no nosso batismo. A graça se mostra e nos alcança. Pecado, amargura, vingança, decadência, doença, desespero, mentira, agressão, ganância… Deus quer transformar em perdão, força, saúde, verdade, esperança, partilha e amor. A comunidade de fé é beneficiada por este poder de Cristo e recebe este poder para vivencia-lo. Justamente por isso não é como os poderes deste mundo. Não pode ser usurpado pois é poder de serviço! Há que se alimentar desta fonte que é o poder de Cristo. Repito: é poder “que age em nós, os que cremos nele.(v.19). A fé, então, resulta em amor por irmãos e irmãs e muitas bençãos são experimentadas.

A carta traz palavras endereçadas a nossa vida e a nossa comunidade de fé. Façamos uma retrospectiva neste Domingo Cristo Rei e que as palavras bíblicas nos ajudem a viver, a interpretar e dar significado a nossa existência. Tragam luz para a nossa caminhada e nos situem na história do povo de Deus. Caminhemos para o Advento na esperança para a qual Ele nos chamou. Amém!

Pastora Ester Delene Wilke

Marechal Cândido Rondon – Paraná, Brasilien

esterdelene@olpcaonet.com.be .

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