O 1º DOMINGO APÓS NATAL

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O 1º DOMINGO APÓS NATAL

 27 de dezembro de 2020 | Texto da prédica: Isaías 61.10-62.3 | Martin Norberto Dreher |

Querida comunidade! Irmãs e irmãos!

Já abriram todos os presentes? Ainda tem algum a caminho? Qual foi o que mais agradou? Tiveram tempo para apreciar a árvore de Natal? Havia algum enfeite novo? E o presépio? Alguma figura nova? O prato com biscoitos de Natal ainda tem alguma coisa?

De tanta coisa, será que não esquecemos de abrir um dos presentes: o mais importante? Ou será que já nos esquecemos dele, pois já se passaram três ou dois dias do Natal? É, quando estiverem em casa voltem a olhar a árvore que abriga o presépio. Depois, aproximem-se do presépio e descubram a criança que está deitada no cocho entre pai e mãe, entre o boi e o burrinho e perguntem a ela: Como é o teu nome? Ela responderá: O profeta disse que meu nome é Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Um anjo disse a meus pais que meu nome seria “Jesus”, o que significa: Deus vai salvar! Satisfeitos? Sabem o que tudo isso significa?

Agora, vamos olhar todo o presépio. Quem está ali? Já vimos os pais, o boi e o burrinho, mas tem mais gente! Sim, pastores e pastoras (gente da qual se pensava que eram ladrões e ladras e mentirosos), crianças que estão cantando: Ó vinde, meninas! Ó vinde, meninos! Três figuras que viram uma estrela, astrólogos (escreviam horóscopos) e a seguiram. Além do boi e do burrinho deve haver uma vaca; também há camelos, ovelhas, moscas e mosquitos. Moscas e mosquitos? Sim. Já viram curral sem mosca, sem mosquitos. Dá para pensar que ali deve haver cheirinho não muito agradável?

Agora, vamos pegar a criança que está envolta em fraldas, só com o rosto e as mãozinhas de fora. Em nosso colo, ela é cheirosa. Dela brota perfume que modifica o ambiente e nos envolve a todos: pais, pastores, pastoras, crianças, magos, os animais, a árvore que lhe dá abrigo. E, agora, entendemos o texto do profeta que se dirige a nós. Como somos comunidade da criança, podemos nos alegrar e cantar hinos de louvor! Ela é Deus que entra em nossas vidas. Nossas roupas estavam malcheirosas: as dos pais por causa da longa caminhada; as dos pastores por falta de banho e das malcheirosas ovelhas; as dos magos e dos camelos por causa de outra longa jornada. Agora, com ela nos braços, estamos perfumados. Nossa roupa não são mais trapos, mas “roupa da salvação”, estamos vestidos como noivo e noiva. O mesmo Deus que deixa brotar as sementes e faz crescer as árvores veio a nós na criança e faz com que nós cresçamos e brotemos de novo. Por isso, dirigimos a ele nosso louvor. Esse é o milagre de Natal, o presente que precisamos abrir: Deus faz de nós os malcheirosos, pessoas renovadas, perfumadas, pois sabemos: Não estamos sós, Emanuel!, Deus está conosco, na criança.

É, por isso que nós cantamos e não calamos. Somos sua comunidade, a comunidade da criança, a comunidade do Salvador! Ninguém nos pode calar. Declaramos que Ele veio, conforme foi prometido. Nós e os que vierem depois de nós (e, por isso, não podemos deixar de falar!) veremos, melhor: já estamos vendo a sua beleza! Somos pessoas amadas por Ele. Não estamos abandonados, nem arrasados. Ele nos chama de “meus queridos”. Ele se alegra por nos ter como seus, por causa da criança da manjedoura. Por Seus anjos cantaram e continuam a cantar: “Glória tem Deus nas maiores alturas e paz na terra as pessoas a quem Ele quer bem”. Não temos a paz que nos prometem grandes impérios; temos a paz da comunidade que se sabe acolhida e que sabe que será acolhida.

“Hoje sai do céu eterno

Cristo, o herói, que nos foi arrancar do inferno.

Vê: Deus homem verdadeiro

Se tornou! Tanto amou

Seus irmãos o Herdeiro”.  Amém.

P. Dr. Martin Norberto Dreher

São Leopoldo – Rio Grande do Sul, Brasilien

martindreher@terra.com.br

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